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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Último discurso de Zilda Arns antes de morrer Fantástico 17/01/2010 (Globo)

Entrevista: Zilda Arns.

Everton Barbosa entrevista Zilda Arns - novembro de 2008

Depoimento da Dra. Zilda Arns - Trata Brasil

Zilda Arns

Zilda Arns

Não adianta educar apenas na escola e sim todo seu aspecto social

Durante um evento realizado na cidade de Penápolis, durante o evento da 1ª Semana do Bebê, tive a oportunidade no dia 6 de agosto deste ano conhecer Rogério Arns Neumann, filho da saudosa Zilda Arns, ele viu a Pastoral da Criança nascer e decidiu trabalhar nela na captação de recursos, tornando-se um especialista em desenvolvimento comunitário. Atualmente é diretor executivo da United Way Brasil, uma organização social sem fins lucrativos, que atua captando recursos para investir em projetos sociais voltados à educação e à capacitação de jovens. É uma organização americana, com sede em São Paulo.

Durante sua breve palestra, firmemente, delatou algumas experiências sobre educar, educação e educados onde ficou muito marcante a historia
..... Quando minha filha disse que não gostava de tomar café da manha minha esposa e eu, e não gostava de tomar banho em casa, fiquei apavorado, pois recebi esta indagação, pois todos os amiguinhos de minha filha que eram alunos da escola que eu (Rogério Arns Neumann) coordenava não tinham nada disso em casa, apenas na escola, e minha filha não queria ser diferente.....

Sem duvidas fui à parte que mais me marcou, pois deixou bem claro que não adiante educar apenas na escola, o aprendizado está no seio familiar antes de tudo, e este é que deve ser a base para desta forma a escola possa aperfeiçoar e promover novos aprendizados.

Levamos em conta ainda que Rogério Arns Neumann , mantém um estudo muito sério referente a características do desenvolvimento comunitário.

A PASTORAL FAMILIAR


Numa abordagem antropológica e sociológica, mais do que religiosa, afirmar a cidadania da família quer dizer reconhecer seu papel de sujeito na construção de uma nova sociedade e promover orientações de conduta inspiradas em critérios de solidariedade e de plena reciprocidade, características constituintes da família.
A Pastoral Familiar, portanto, é o esforço pastoral da Igreja visando não só defender e promover o respeito à dignidade da família, seus direitos e deveres, mas também chamar a atenção para a importância e centralidade da família como o principal recurso para a pessoa, para a sociedade e para a Igreja. Ela é o lugar onde mais se investe para o desenvolvimento de um país, já que a família é indispensável para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade.

OBJETIVOSResumidamente, os objetivos da Pastoral Familiar consistem, inicialmente, na preparação dos candidatos para a vida matrimonial e familiar, bem como na evangelização e promoção humana, social e espiritual das famílias já constituídas.
A Pastoral Familiar parte da família real para a família do possível, sem perder de vista a proposta da família ideal, que é a família cristã, gerada a partir do sacramento do matrimônio e vivendo em forte unidade, harmonia e na gratuita e generosa solidariedade.

Voluntário, educado para ser.



Rogério Arns Neumann viu a Pastoral da Criança nascer e trabalhou nela na captação de recursos e relacionamento com parceiros. Hoje é um especialista em desenvolvimento comunitário. Nesta entrevista concedida ao Portal do Voluntário/V2V Brasil em Curitiba, ele explica o sucesso da Pastoral e demonstra como o voluntariado é essencial para que as comunidades consigam quebrar o ciclo da pobreza.



Como começou o seu envolvimento com a área social?




Rogério Arns Neumann - O meu envolvimento com a Pastoral da Criança começou desde o seu início, em 1983, em Curitiba. Especialmente porque ela foi idealizada e fundada por minha mãe, Zilda Arns Neumann, e pelo meu padrinho, Dom Geraldo Majella Agnelo, que naquela época era Arcebispo de Londrina e hoje é o Cardeal de Salvador e presidente da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Na época eu tinha 13 anos, a Pastoral da Criança era apenas um projeto-piloto, ainda sem nome. Foi a partir de 1985 que começou a expansão para outras regiões do Brasil. Até esta data havia apenas uma secretária, e a sala da Pastoral da Criança funcionava na Secretaria de Saúde do Paraná. Houve um remanejamento no prédio da Secretaria e a sala foi solicitada. Como não havia dinheiro para pagar aluguel, a solução foi transferi-la para os fundos da minha casa, onde havia funcionado por um bom tempo o consultório de pediatria da Mãe. Eu me lembro que o telefone primeiro tocava lá em casa, e se fosse para a Pastoral da Criança a gente chamava a secretária. O escritório era só de apoio, pois o trabalho mesmo era feito nas comunidades.Muitas vezes, depois que voltávamos da escola, minha irmã caçula Silvia e eu ajudávamos no envio dos materiais educativos, preparando os pacotes e escrevendo os endereços, junto com uma prima que trabalhava em nossa casa. Eram apostilas escritas pela minha mãe e outros livros do Unicef e Ministério da Saúde, que serviam para os treinamentos. Também era costume enviar cartões de Natal para as pessoas envolvidas com o trabalho da Pastoral da Criança. Algumas primas escreviam os cartões, porque tinham uma caligrafia bonita, minha mãe assinava, e os primos colocavam no envelope, selavam e levavam as cartas no correio. Freqüentemente vinham profissionais do Unicef (Fundo das Nações Uniodas para a Infância), CNBB, Ministério da Saúde e outras instituições para reuniões na Pastoral da Criança. Era a hora guardar os brinquedos e jogos, e arrumar a bagunça, pois as reuniões eram na sala de jantar de nossa casa, e o almoço era servido lá também. A Pastoral da Criança funcionou nos fundos de casa até alcançar mais de 100 mil voluntários, em 1995. Depois ela tomou conta da casa inteira, até 1999. Foi um tempo muito gostoso. Era impossível imaginar naquela época a dimensão que a Pastoral da Criança tomou hoje em dia.


Há quanto tempo você trabalha profissionalmente na Pastoral da Criança?


Rogério Arns Neumann - Depois que me formei em Administração de Empresas, em 1992, fui para São Paulo trabalhar, e a coordenadora da Pastoral da Criança de lá sempre me convidava a ajudá-los. Até que um dia, depois de muita insistência, fui conversar com ela. Eu tinha feito o meu primeiro treinamento em ações básicas de saúde na Pastoral da Criança em 1986, e não entendi quase nada. Era uma prática da Mãe convidar os filhos a participarem das atividades para poder entender melhor porque este trabalho era importante e ela tinha que viajar tanto. Um dia vim a Curitiba e fui convidado pelo conselho diretor da ANAPAC (Associação Nacional de Amigos da Pastoral da Criança) a elaborar uma proposta de captação de recursos. Quanto mais eu trabalhava, como voluntário, mais eu me empolgava e me realizava profissionalmente. Posso dizer que foi na Pastoral da Criança que encontrei minha vocação profissional. Como era necessário alguém para tocar o projeto de captação de recursos e fortalecer a articulação das equipes da Pastoral da Criança com órgãos públicos e privados, me convidaram para criar o setor de Articulação na Coordenação Nacional, e eu aceitei. Era 1995, e fiquei trabalhando lá até 2001, quando fui estudar no Canadá.


O que é a Pastoral da Criança? O que ela faz? Onde? Quais são suas principais atividades?Rogério Arns Neumann - A Pastoral da Criança é a própria comunidade organizada em torno do desenvolvimento infantil. A base de todo o trabalho são líderes comunitárias, normalmente mulheres, que acompanham de 10 a 15 famílias vizinhas. A missão é formar comunidades saudáveis para o desenvolvimento infantil. As líderes desenvolvem ações básicas de saúde, educação, nutrição e cidadania, como o incentivo ao aleitamento materno, a vigilância nutricional, o uso do soro caseiro para combater a diarréria, até a discussão das políticas públicas através dos conselhos municipais. Os resultados são impressionantes: a mortalidade infantil nas comunidades com Pastoral da Criança é a metade da média nacional e ao custo mensal de menos de R$1,00 por criança.


Qual é o segredo da Pastoral?


Rogério Arns Neumann - Em 1989 aconteceu em Seul, na Coréia do Sul, a 5ª Conferência Internacional INPF – International Nutrition Planners Forum, onde foram analisadas seis experiências de sucesso vindas de diversos países, dentre as quais a Pastoral da Criança. Ao final do Fórum, chegou-se à conclusão que 7 elementos são fundamentais para o sucesso de iniciativas em saúde e nutrição comunitária. São eles: política bem definida e fidelidade a ela, sistema de capacitação e materiais educativos, indicadores de avaliação (processo e impacto), participação comunitária como principal instrumento, baixo custo, capacidade de multiplicação em larga escala, capacidade de articulação inter-institucional e com diferentes níveis. A Pastoral da Criança, desde seus primeiros anos de trabalho, vem sendo norteada por estes elementos.
Hoje a Pastoral, apesar da inspiração religiosa, não poderia ser considerada um movimento de promoção da cidadania e do protagonismo comunitário?Rogério Arns Neumann - Unir fé e vida é um dos lemas da Pastoral da Criança. Na adversidade social em que muitas comunidades se encontram, a fé é fundamental para animar a caminhada em busca do seu próprio desenvolvimento. Ela pode ser a esperança no deserto da vida. Tecnicamente, a Pastoral da Criança é uma organização de base comunitária, não uma instituição. Inclusive a Pastoral da Criança passou a existir legalmente apenas em dezembro de 1995, doze anos após o início de seu trabalho, e quando já tinha mais de 100 mil voluntários. Até então era a CNBB que dava a cobertura legal para os convênios.Sem as comunidades e suas lideranças, a Pastoral da Criança não existe. E é essa capacidade de moradores locais em se associar em torno de uma causa comum – a sobrevivência e o desenvolvimento infantil – que faz a Pastoral da Criança existir.


Como a Pastoral se sustenta? Qual é a sua política e sua estrutura de captação de recursos?Rogério Arns Neumann - Nos três primeiros anos, de 1983 a 1985, o Unicef financiava as capacitações e viagens. A partir de 1986 o Governo Federal começou a apoiar. Hoje o Ministério da Saúde é o principal investidor público e o programa Criança Esperança da Rede Globo o maior investidor privado. Dois terços dos recursos captados vão em dinheiro para as comunidades, que é onde acontecem as capacitações, encontros, os dias da celebração da vida. As despesas administrativas ficam abaixo dos 10%. As finanças da Pastoral da Criança podem ser analisadas na página da internet http://www.pastoraldacrianca.org.br/.Mas é importante lembrar a imensa contrapartida local, através do trabalho voluntário das lideranças comunitárias e também do uso de infra-estrutura local, e também de convênios e doações feitos localmente. Em média, para cada R$1,00 investido através da Coordenação Nacional são mobilizados localmente R$13,00. Sem falar no mais importante espaço de trabalho da Pastoral da Criança que é a casa de cada família. É lá que se acredita que devam acontecer as mais importantes celebrações da vida, é para lá que são canalizados os mais diversos apoios.
Em Curitiba, você acompanhou o Projeto Modelo Colaborativo, fruto de cooperação entre o Canadá e o Brasil na área social.Rogério Arns Neumann - A origem deste trabalho foi a percepção da Pastoral da Criança de que a eficácia de qualquer trabalho comunitário depende da eficiência das organizações dos três setores e de sua articulação. A orientação para o exame pré-natal, por exemplo, pode ser feito pelas líderes comunitárias da Pastoral da Criança junto às gestantes acompanhadas, no entanto é na unidade de saúde que ele efetivamente acontece. Da mesma forma, o soro caseiro, já comprovadamente eficiente no combate à diarréia, pode ser preparado pelas líderes e famílias, mas se a qualidade da água que as crianças tomam não é boa, não tem soro que resolva o problema em definitivo. Assim, ficou claro para nós a importância de se trabalhar para maior articulação das instituições públicas e privadas aumentando sua eficiência na promoção do desenvolvimento de comunidades.
Em 1999, com o apoio da Embaixada do Canadá em Brasília e da CIDA – Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional, a Coordenação Nacional da Pastoral da Criança procurou a Prefeitura Municipal de Curitiba para somar esforços e lições aprendidas em desenvolvimento comunitário. Para o desenvolvimento deste projeto-piloto foi escolhida uma região de Curitiba chamada Cajuru, que concentrava muitos desafios sociais.


Que resultados foram obtidos? Como está hoje o projeto?


Rogério Arns Neumann - A idéia do Modelo Colaborativo é ser um laboratório-piloto de conceitos e metodologias na articulação de instituições governamentais, da sociedade civil e empresariais, em prol do desenvolvimento social e econômico de comunidades em desvantagem social, fortalecendo especialmente o protagonismo comunitário. Uma das premissa básicas deste trabalho é o foco no que as pessoas e comunidades em desvantagem social têm em termos de talentos e recursos, não nas suas deficiências, fortalecendo assim a iniciativa dos próprios residentes e as relações locais. Acreditamos, também, que quanto mais lideranças e relacionamentos locais uma comunidade tem e os mobiliza, mais efetiva será qualquer ajuda vinda de fora. Indivíduos e comunidades tuteladas ou dependentes de constante ajuda externa dificilmente conseguem quebrar o ciclo da pobreza. Vale lembrar que o voluntariado é peça-chave neste desenvolvimento de dentro para fora, realizado a partir dos talentos e recursos dos moradores locais.Algumas lições aprendidas estão registradas no livro “Modelo Colaborativo, experiência e aprendizados do desenvolvimento comunitário em Curitiba”. E essa experiência já se expandiu para todas as regiões da cidade.Atualmente o Modelo Colaborativo está no seu terceiro ciclo de desenvolvimento, que inclui a sistematização de ações básicas e ferramentas de trabalho. A expectativa é que a partir de 2005 ele esteja com uma melhor estrutura para apoiar outras comunidades além do município de Curitiba.


Qual é a sua visão do movimento brasileiro de voluntariado?


Rogério Arns Neumann - O brasileiro tem uma enorme capacidade de se unir em torno de causas, de expressar sua solidariedade e de usar sua criatividade para superar obstáculos. O que falta é capacidade de organização para dar maior sustentabilidade e impacto social às suas ações. Não que em outros países mais ricos tudo seja melhor organizado. Uma diferença básica é o grande volume de dinheiro disponível nestes países, o que torna tudo mais fácil, mas não necessariamente mais eficaz. Como falta dinheiro no Brasil, a capacidade de organização precisa ser ainda mais impecável para se conseguir os resultados almejados.E essa fragilidade na organização leva a um paradoxo: o voluntariado brasileiro não tem o que fazer, apesar da grande demanda social no país. É o que vemos em vários centros de voluntários, com muita gente querendo ser voluntário e poucas oportunidades para se engajar.
Dar uma cesta básica ou um prato de comida é fácil, mas como fica o amanhã destas pessoas? Difícil é ter ações consistentes e institucionalmente articuladas, que fortaleçam a capacidade e a iniciativa de indivíduos e suas comunidades, quebrando o ciclo da pobreza. Porque não basta viver, é preciso ter vida em plenitude.


Você passou três anos no Canadá. Onde você esteve, o que fez?


Rogério Arns Neumann - Já era tempo de uma reciclagem. Fui ao Canadá, recém-casado, e com a disposição de estudar e trabalhar como voluntário. Fiz mestrado em Desenvolvimento Internacional, na Saint Mary’s University; minha esposa Lycia fez mestrado em Administração Pública na Dalhousie University, ambas em Halifax, na província de Nova Scotia. Apesar do meu mestrado ser abrangente – estratégias e práticas para o desenvolvimento social e econômico de regiões – concentrei meus estudos em desenvolvimento comunitário. Foi muito interessante mergulhar no mundo dos porquês e das maneiras como a comunidade deve ser um agente ativo na sua transformação social, isto no âmbito mundial. Também trabalhei como voluntário na United Way de Halifax, sendo conselheiro no programa Success by 6, uma iniciativa realizada em diversas cidades da América do Norte para garantir o melhor desenvolvimento infantil possível para todas as crianças menores de seis anos, fortalecendo suas famílias e comunidades. Tive, também, a oportunidade de acompanhar alguns trabalhos inspirados no ABCD – Asset Based Community Development (Desenvolvimento Comunitário Baseado em Talentos e Recursos), abordagem criada por John McKnight e John Kretzmann e que serviu de inspiração para o Modelo Colaborativo.


Qual a diferença entre o voluntariado do Canadá e o do Brasil?


Rogério Arns Neumann - Os seres humanos e suas sociedades são muito mais semelhantes do que se possa imaginar. Tanto nos problemas sociais a serem enfrentados, como drogas, gangues, desestruturação familiar, alcoolismo, desemprego, como nas soluções empregadas. A diferença maior está na escala dos problemas. O Canadá tem uma longa história de acesso à escola, a uma rede de saúde pública e de assistência social, e, consequentemente, tem menos problemas sociais. O Brasil apresentou mais coerência e consistência na área social apenas nestes últimos dez anos, em boa parte devido ao engajamento do Terceiro Setor. E resultados sociais levam muito tempo para serem visíveis e criarem tendências.Mas eficiência não tem nacionalidade, tanto lá como aqui existem programas de voluntariado fantásticos. A Pastoral da Criança ou a Associação Viva e Deixe Viver, de São Paulo, têm lições a ensinar no Canadá, assim como a United Way de Halifax pode ser para o Brasil uma boa escola de articulação local e captação de recursos com baixíssimo custo, apoiando diversas instituições sociais e comunidades locais. Tive oportunidade no Canadá de apresentar a Pastoral da Criança em diversas ocasiões, para governos e instituições sociais. A metodologia e os resultados costumavam encantar os ouvintes, e um comentário virou uma constante: nós precisamos deste tipo de trabalho com as famílias e comunidades canadenses, mas esta abordagem só dá certo porque é no Brasil. E, ao apresentar experiências canadenses no Brasil, as reações não têm sido diferentes. A diferença que mais chama a atenção no Canadá é a qualidade na elaboração de políticas, programas e projetos sociais, com análise detalhada das justificativas e evidências e pesquisa de melhores práticas nacionais e internacionais – tudo o que se relaciona com a elaboração do conceito. No Brasil, somos muitos bons em reunir pessoas, trabalhar juntos, fazer os projetos acontecerem – tudo o que se relaciona com a prática. O ideal é combinar os dois talentos.
O Canadá, pelo que se diz, é o único país do mundo que inclui no recenseamento nacional perguntas relativas ao terceiro setor e ao voluntariado. O que têm revelado estes censos?Rogério Arns Neumann - O que existe é o Censo do Terceiro Setor, chamado NSGVP – National Survey on Giving Volunteering and Participation (Pesquisa Nacional sobre Doações, Voluntariado e Participação). O NSGVP já foi realizado duas vezes, em 1997 e 2000, sendo fruto da cooperação entre ministérios do Governo Federal do Canadá e várias instituições nacionais do Setor Voluntário. Os resultados estão no site
http://www.nsgvp.org/. O último NSGVP revelou que o canadense está se voluntariando menos, porém dedicando mais horas. Outro dado relevante e que motivou muitas ações, é o potencial do jovem voluntário e a sua formação profissional. O voluntariado para o jovem não é visto apenas como uma doação pessoal, mas principalmente como uma busca pela vocação e formação profissional. O primeiro emprego é um dilema mundial e o voluntariado pode ser uma resposta na qualificação profissional, na ocupação do tempo ocioso (mantendo os jovens mais distantes de gangues e drogas), e no despertar de valores, como se doar para construir uma sociedade cada vez melhor. Vale a pena checar o site do Volunteer Canada , que no Brasil tem como equivalente o Instituto Brasil Voluntário – Faça Parte. O programa Volunteering Youth é uma das mais interessantes respostas ao desafio de estimular o jovem a se engajar socialmente, a partir da sala de aula.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

10 motivos para amamentar seu bebê

Na Semana Mundial do Aleitamento, reunimos 10 razões para amamentar seu filho - da economia à contribuição para o meio ambiente
Camila de Lira, iG São Paulo 03/08/2010 18:44




Começou ontem e vai até sábado a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM). O Brasil, junto de quase 170 países, participa desta semana, organizada pela Aliança Mundial de Aleitamento Materno (WABA), com palestras e eventos sobre os benefícios desta prática para mães e filhos.
Mas por que amamentar seu bebê? As vantagens vão da saúde de mãe e de filho ao vínculo afetivo criado pelo ato – tudo isso comprovado por pesquisas. Descubra abaixo 10 – entre muitas – razões para o aleitamento materno.


1. Ajuda na recuperação pós-parto do corpo da mãe



A especialista Fabiola Costa amamentou a filha mais velha até os dois anos e continua amamentando o caçula, de sete meses


Durante o parto, o corpo da mulher passa por alguns traumas: o útero sangra um pouco, os níveis de hormônio ficam desregulados e algumas mães reclamam de contrações depois do nascimento dos filhos. A fonoaudióloga Fabiola Costa, membro do GTIAM - Grupo Técnico de Incentivo ao Aleitamento Materno da Universidade Federal Fluminense e autora do blog Mama Mia, sobre amamentação, explica que, ao amamentar, os hormônios do corpo feminino voltam a se equilibrar.
Fabíola aponta para outro benefício: a amamentação logo após o parto. “A sucção do peito faz com que o útero expulse a placenta mais rápido, e ainda ajuda na imunidade para o neném”, diz. Pesquisas da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mostram que o aleitamento previne outros tipos de doença, como o enfarto e a diabetes tipo 2.

2. A mãe perde peso – e o bebê ganha
“A mãe que amamenta tem um gasto energético maior ao amamentar. Isso ajuda a perder o peso que ganhou na gestação”, diz Luciano Borges Santiago, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria. Segundo pesquisas, o gasto calórico vai de 200 a 500 kcal por dia. Já, para o bebê, o leite materno significa o ganho certo de peso “Com outro tipo leite corre-se o risco da criança engordar muito ou engordar pouco.A criança que mama no peito não fica desnutrida nem obesa”, afirma.

3. Economia de dinheiro e recursos naturais
Pesquisas da Associação Americana de Pediatria mostram que mães que amamentam exclusivamente – ou seja, alimentam o bebê apenas com o leite materno – durante os seis primeiros meses poupam cerca de mil dólares. Nessa equação entraram apenas as quantidades de fórmulas artificiais e mamadeiras que as mães teriam que comprar. A economia seria muito maior se fosse levado em conta que crianças alimentadas com leite materno tendem a ter menos doenças – e, portanto, gastam menos com remédios e pediatra. Há ainda a questão da sustentabilidade: “o leite materno não usa latas nem mamadeiras”, completa Fabíola.


4. Acalma a mãe
Dois hormônios agem durante o aleitamento: a prolactina, que induz o corpo a produzir leite, e a oxitocina, que ejeta o líquido da mama. Combinados, estes hormônios agem no organismo da mãe. Fabíola – que amamentou sua primeira filha até os dois anos e ainda amamenta o seu segundo filho, de 7 meses – diz que a oxitocina, quando liberada, dá a sensação de prazer.

5. Dá sensação de saciedade para o bebê
De acordo com Luciano Santiago, a quantidade de gordura presente no leite varia durante a amamentação. “Logo perto do final da mamada, o nível de gordura do leite fica no máximo, o bebê se sente saciado e para naturalmente”, simplifica o pediatra. As mamadeiras não têm o mesmo efeito, já que seu conteúdo tem sempre a mesma quantidade de gordura. “Com a mamadeira, existe o risco do bebê não querer parar de mamar, porque não tem a sensação de saciedade”, diz ele.

6. Pode servir como método contraceptivo para a mãe
Durante seis meses, se a mãe amamentar exclusivamente o bebê, é possível que ela se valha da amenorréia lactacional, um método contraceptivo natural. A sucção recorrente do bebê na mama faz com que o hipotálamo da mãe não produza o ciclo necessário à ovulação. Mas atenção: Fabíola avisa que esse método só acontece durante os seis primeiros meses, e em mulheres que estejam amamentando em livre demanda.


7. Protege o bebê de alergias posteriores e infecções
Um estudo conjunto das Universidades de Harvard e Stanford, nos Estados Unidos, mostrou que o leite materno contém imuglobinas que protegem o intestino dos bebês de possíveis alergias alimentares. Luciano Santiago ressalta que os tipos de imuglobinas presentes no leite materno também ajudam a potencializar o efeito das vacinas nos bebês. Ele fala que, para a proteção contra infecções, é recomendável que se amamente (não exclusivamente) até depois de dois anos. “Até dois anos, o corpo da criança ainda não se defende sozinho das infecções”, explica.


8. Cria um laço entre mãe e bebê
“A distância entre o olho da mãe e o seio é exatamente a distância que o neném enxerga. Não é a toa que o neném reconhece a mãe”, conta Fabíola. Além do olhar, o contato entre a pele da mãe e a do filho cria um tipo de laço entre os dois. Um vínculo que, segundo o pediatra Luciano Santiago, “é diferente de tudo que se possa explicar”.


9. Ajuda na formação da mandíbula e da língua do bebê
Fabíola Costa diz que a amamentação é primordial para o desenvolvimento oral do bebê. “A musculatura da boca é exercitada quando ele suga o seio da mãe”, diz a fonoaudióloga. Este tipo de exercício é muito importante, no futuro, para o desenvolvimento da fala da criança. Luciano completa com outras áreas do rosto do bebê que são exercitadas com o aleitamento, como os dentes, os músculos da face, a mandíbula e o maxilar.


10. A longo prazo, as crianças tendem a ficar mais inteligentes
O cérebro humano não nasce completamente formado. É durante os três primeiros anos quee a quantidade de neurônios e sinapses (conexões entre neurônios) aumenta. “O leite materno tem substâncias que favorecem esse desenvolvimento”, diz Luciano Santiago.

Segundo o pediatra, 90% das sinapses cerebrais de uma pessoa são criadas durante seus três primeiros anos de vida. “Quanto mais ligações tiver no cérebro, maior a habilidade da pessoa”, completa o pediatra. Pesquisas da Nova Zelândia e Irlanda mostram que crianças que foram amamentadas exclusivamente durante os primeiros seis meses têm maiores notas na escola e habilidades cognitivas mais refinadas.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

JEITO DE SEURAT

Leitura da obra de Georges Seurat, o qual relata a Evolução do Impressionismo, fora utilizado a música Jeito de Mato do compositor Maurício Santini.






Para saber um pouco mais :em 1886 realizou-se a última exposição coletiva do grupo de artistas impressionistas, Participaram dois pintores com uma nova tendência ao movimento: Georges Seurat (1859-1891) e Paul Sinac (1863-135). Seurat, acabou reduzindo as pinceladas a um sistema de pontos uniformes.Essa técnica foi chamada de Pontilhismo e Divisionismo. Dentro dessa tendência osquadro mais famoso de Seurat é "Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte", quadro o qual fiz a leitura abaixo.



Leitura da Obra :" Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte"

De onde é que vem essa tarde tão linda?

Vem da inspiração de Georges Seurat

Na Ilha Grande Jatte num Domingo à tarde

As coisas acontecem no passado recente

As mulheres, crianças, cachorros e macaos

No fim da tarde triste, na imensidão do lago

As mulheres, crianças, cachorros e macacos

Admiram esse laogo e remete-se ao passado

Sim, lá no lago os barcos velejam

E nas sombra todos se achegam

Para admirar a natureza

Sim, isso hoje não existe mais

Só trabalho duro e muito mais

Natureza já ficou pra trás